domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

hoje.

Pensando sobre como a gente se apega a resquícios do passado, sejam eles bons ou ruins, no fim, os anos e os dias da semana são assim denominados justamente para relembrar acontecimentos e agendar outros. De certa forma muitas vezes ficamos presos a isso e, sinceramente, não sei até que ponto é saudável. Ontem foram dias alucinantes, amanhã eu posso nem voltar pra casa, mas a única coisa que existe mesmo é agora, eu sentada na frente do computador de maquiagem borrada escrevendo coisas que nem sei se alguém realmente vai ler.

com curiosidade, um bride ao agora! 

sábado, 5 de novembro de 2011

Espalhafato.

Quando tudo é novidade qualquer coisa banal soa como felicidade extrema e que, pasme: tu faz parte desse mundo, coisas acontecem na tua vida... até quando caem na rotina, boa e velha para alguns, desesperadora e nauseantes para outros - eu sou assim, pelo menos eu me sinto assim em relação a uma parte angustiada da minha cabeça, preciso estar em (in)constante movimento, vivendo coisas novas todo o tempo, odeio rotinas, odeio boa parte das mesmas coisas que me acontecem todos os dias. Tenho a sensação de estar em casa em qualquer lugar, classificado por mim, como bacana e confortável, detesto silêncio e uma quantidade de palavras também, gosto de sol, de noite, de pessoas, assim como odeio. Não me interessa o óbvio, sento no chão e no encosto do sofá, mas ainda tenho tenho meus clichês preferidos.

Me acho patética escrevendo isso e acho bonito também!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

da série: gostaria de ter escrito...



Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.
 Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz.

Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar…

Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.

Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades.

Eu tenho medo de altura, mas não evito meus abismos: são eles que me dão a dimensão do que sou.


(Marla de Queiroz)